Wolfgang Guilherme do Palatinado-Neuburgo

Wolfgang Guilherme
Duque Palatino de Neuburgo

Retrato de Wolfgang Guilherme
Consorte (1) Madalena da Baviera;
(2) Catarina Carlota do Palatinado-Zweibrücken;
(3) Maria de Fürstenberg-Heiligenberg.
Nascimento 4 de novembro de 1578
  Neuburgo do Danúbio, Baviera
Morte 20 de março de 1653 (74 anos)
  Dusseldórfia, Condado de Berg
Casa Casa de Wittelsbach
Dinastia Wittelsbach
Pai Filipe Luís do Palatinado-Neuburgo
Mãe Ana de Cleves
Filho(s) Filipe Guilherme, Eleitor Palatino

Wolfgang Guilherme, duque do Palatinado-Neuburgo (em alemão: Wolfgang Wilherm, herzog von Pfalz-Neuburg; Neuburgo, 4 de novembro de 1578 – Dusseldórfia, 20 de março de 1653), era um príncipe alemão pertencente à dinastia dos Wittelsbach.

Era filho de Filipe Luís (1547-1614), duque do Palatinado-Neuburgo, e de Ana de Cleves. Recebe a herança de seu pai bem como uma parte de Juliers-Cleves-Berg, por herança da mãe. Foi um dos raros príncipes protestantes a converter-se ao catolicismo.

Disputa pela sucessão de Cleves

Contra a vontade de seus pais, luteranos convictos, Wolfgang Guilherme converte-se secretamente ao catolicismo em junho de 1613 e casa com Madalena da Baviera, filha de Guilherme V, Duque da Baviera. A conversão é oficializada e celebrada em Dusseldórfia (Düsseldorf) a 15 de maio de 1614. Wolfgang Guilherme não assiste às exéquias de seu pai, falecido em Neuburgo a 22 de agosto de 1614. Este pretendia deserdá-lo mas morre oito dias antes da reunião da Dieta local que convocara para o efeito. O novo duque faz a sua entrada oficial nesse estado protestante apenas em 1615, rodeado por cinquenta soldados.

Esta mudança de religião, que lembra a do rei Henrique IV de França[1], e o seu casamento com uma princesa católica permite ao duque de Neuburgo passar para o lado da Liga Católica. Ele pretende, com o apoio da liga, fortalecer as suas reivindicações na disputa sucessória de Cleves, enquanto herdeiro do duque João Guilherme de Jülich-Cleves-Berg, seu avô materno, herança essa que compreendia os ducados de Julich, de Cleves e de Berg, os condados de Marck e de Ravensberg e o senhorio de Ravenstein. O seu principal rival -e primo-, João Sigismundo, margrave e eleitor de Brandemburgo, é um membro importante da União Evangelica, que também se convertera em 1613, mas ao calvinismo. Esta situação leva à celebração do Tratado de Xanten, em 12 de novembro de 1614, que partilha a herança de Cleves : Wolfgang Guilherme recebe Jülich, Berg e Ravenstein, enquanto que João Sigismundo herda Cleves, Mark e Ravensberg. A disputa só se resolve definitivamente mais tarde, após os sobressaltos da Guerra dos Trinta Anos e após o último ataque brandeburguês a Julich-Berg em 1651, conhecido pelo nome popular da "Guerra da Vaca de Dusseldorfia" (Düsseldorfer Kuhkrieg). A partilha só se torna definitiva em 1666.

Viagens

Wolfgang Guilherme era um príncipe do seu tempo. A sua educação luterana estrita não impediu de praticar exercício físico, dança e desenho. Era fluente em seis línguas, entre as quais o latim, o italiano e mais tarde o espanhol. Empreendeu numerosas viagens antes de 1636. As primeiras tiveram fins pedagógicos, outras foram de cariz político: tratava-se de promover a sua causa na disputa sucessória de Cleves, e mais tardem na questão do ramo senior dos condes palatinos, a Causa Palatina. Em 1596 faz uma viagem pelo norte da Alemanha e Dinamarca, onde assiste à coroação do rei Cristiano IV, familiar da Casa de Wittelsbach.

Em 1597, visita a Itália, que volta a visitar em 1630. O seu Grand Tour de 1600/01 leva-o, durante oito meses, através da Renânia, Países-Baixos, Inglaterra e França. Tendo conhecido muitos príncipes alemães e estrangeiros, sendo recebido pelas autoridades locais. Dessa viagem ficou um diário de viagem. Em 1624 visita a corte de Filipe IV de Espanha, de quem recebera, em 1614, a Ordem do Tosão de Ouro e que o eleva à Grandeza de Espanha. Durante a sua estadia em Espanha teve oportunidade de proteger o pintor Rubens, então um enviado dos Países Baixos espanhóis, ameaçado por um motim popular, transportando-o no seu coche. No seu regresso, visita o rei Luís XIII de França.

Visita também com frequência Bruxelas e Viena.

Duque do Palatinado-Neuburgo e de Julich-Berg

Até 1631 Wolfgang Guilherme residia alternativamente em Dusseldórfia e em Neuburgo. Após a ocupação de Neuburgo pelas tropas suecas (1632-34), fixa residência principalmente em Dusseldórfia e apenas visita Neuburgo duas vezes: em 1635-36, por ocasião duma viagem a Viena; e uma última vez, em 1650, após participar em Heidelberga no casamento de Carlos Luís, filho de Frederico V, Eleitor Palatino, o "Rei de inverno", expulso após a catástrofe de 1620 na Boêmia.

Dusseldórfia deve-lhe a igreja de Santo André, que domina a cidade, e um carrocel na Mühlenstrasse. Apreciador da pintura holandesa, reúne a coleção de quadros da cidade. O prestígio da Corte de Dusseldorfia é controverso. Por um lado, a corte conta com quase 300 pessoas e o mestre-capela, Giacomo Negri, um discípulo de Palestrina, é muito bem pago. A orquestra da Corte, 8 músicos e 20 cantores, custa em 1638 cerca de 5.000 Reichstaler (Táler imperiais). O pintor da Corte, Johannes Spillberg, era oriundo duma família calvinista natural do ducado. Por outro lado, Sofia de Hanôver, que visita a Corte de Dusseldórfia em 1650, sublinha nas suas Memórias que os criados usam vestes usadas e que as tapeçarias e as camas são velhas. Atravessava-se, então, uma crise terrível.

Como os príncipes do seu tempo, Wolfgang Guilherme coloca-se acima dos seus estados e levanta novos impostos ou aumenta-os sem nunca reunir a Dieta: até 1624 a Dieta de Julich-Berg nunca foi reunida o que gera conflitos e implicou a intervenção do Imperador. O conflito culmina durante a denominada Dieta Camponesa de 1639. Apesar do apoio das autoridades locais ao duque, a decisão é contrariada pelo Imperador. A disputa é resolvida pelo acordo de 1649, com concessões recíprocas.

A recatolicização

No Ducado de Julich e Berg

Wolfgang Guilherme, gravura do Séc. XVIII.

Wolfgang Guilherme empreende a “reconquista” católica. O duque apoia-se nas ordens religiosas e empreende uma política de repressão dos protestantes. Em 1618, o duque pede ao diretor dos jesuítas de Colónia que envie padres para ensinar no célebre liceu (Gymnasium) aberto a Dusseldorfia no século anterior. Eles chegam no ano seguinte e é-lhes confiada a direção do estabelecimento. Wolfgang Guilherme compra, por pouco mais de 7.400 Reichstaler uma casa onde se instalam e os padres adquirem também um grande jardim de 9 acres. Em 1625, com o acordo do Senado e dos Conselhos, é-lhes atribuído um terreno para reconstruírem o liceu. A primeira pedra dum seminário para jovens estudantes pobres é lançada pelo duque no meio de grandes festividades em 1623. Wolfgang Guilherme supervisiona frequentemente o trabalho dos alunos. De 1622 a 1629 manda construir a igreja de Santo André, de estilo barroco.

Em 1621 o duque, com o apoio dos católicos locais, cria um convento de Capuchinhos em Dusseldórfia. A igreja é consagrada em 1624 sendo dedicada a Santa Maria Madalena, sem dúvida em honra da muito católica duquesa Madalena da Baviera. Por fim, em 1638, dois religiosos Celestinos chegam a Dusseldórfia vindos de Colónia, a convite e às custas do príncipe. Com o seu apoio eles adquirem uma casa em 1642, mas o seu convento só é concluído em 1691.

A partir de 1630 os magistrados de Dusseldórfia só podem ser católicos. Os templos Calvinistas são fechados em 1631, os Luteranos em 1641. Mas a Guerra dos Trinta Anos obriga à voltar atrás nestas decisões em 1643-44 e a autorizar os cultos protestantes. Em 1650 contam-se 62.000 protestantes (47 % da população, metade luterana e metade calvinista) no ducado de Berg, mas em Julich o número é apenas de 8.160 reformados.

No Ducado de Neuburgo

Aqui, Wolfgang Guilherme segue a mesma política recatolicização. Não respeita a sua promessa de salvaguardar a situação da população luterana, mesmo no pequeno senhorio do Palatinado-Sulzbach-Hilpoltstein confiado ao seu irmão mais novo João Frederico (Johann Friedrich), que permanecera luterano. Introduz o Simultaneum [2] nas igrejas. A partir de 1615 Neuburgo passa a aplicar o calendário gregoriano, saltando de 13 para 24 de dezembro. O catolicismo torna-se religião do Estado, devendo os oficiais converter-se ou partir. Tal com faz com a nova igreja de Santo André de Dusseldórfia, também a igreja da Corte de Neuburgo é entregue aos Jesuítas em 1618. A reconsacração do santuário é feita com grande pompa, na presença de quatro bispos. O duque oferece à igreja obras de Rubens, o Último Grande Julgamento de 1617, uma Adoração dos Pastorinhos e um Pentecostes de 1620. Por outro lado, reconstroi a igreja de S. Pedro entre 1641 e 1646, onde fica uma quarta obra de Rubens, a Queda dos Anjos.

Os Jesuítas têm um papel essencial na política religiosa do duque. Instalados num antigo convento de beneditinos e no antigo arsenal transformado em 1618 e reconstruído no século XVIII, eles acolhem a antiga escola latina de Lauingen e a sua biblioteca num liceu e num seminário. Também a antiga tipografia ducal de Lauingen, transferida, também ela, para Neuburgo e confiada a um católico em 1616, e estes são os principais instrumentos da recatolicização. Em 1622 Wolfgang Guilherme e a sua esposa criam, nas proximidades da Porta de Augsburgo, a capela de S. Wolfgang e um convento para os Irmãos da Misericórdia (Barmherzige Brüder) encarregados de tratar dos males da cidade e do distrito de Neuburgo.

A Guerra dos Trinta Anos

A Guerra dos Trinta Anos ocupa mais de 30 dos 44 anos do seu governo e os seus perigos dominam a vida de Wolfgang Guilherme.

Após a derrota e a deposição do Eleitor Palatino Frederico V pelo Imperador em 1623, os Wittelsbach do ramo bávaro recuperam os despojos do ramo senior da dinastia. Pela sua parte o duque de Neuburgo obtem três distritos do Alto Palatinado: Parkstein, Pleystein e Weiden. No entanto, nos primeiros anos da década de 1630, ele toma partido pela renascença do eleitorado palatino do Reno. É a denominada Causa Palatina, que o opõe aos Habsburgo.

A sua política de neutralidade, denunciada pela Dieta do Império em 1641, não impede as ocupações e pilhagens, as contribuições mais ou menos forçadas para as tropas dos dois campos. A partir de dezembro de 1639, por exemplo, as tropas imperiais ocupam diversas praças fortes em Julich-Berg (Gladbach, Dülken, Sittard, Mühlheim, Siegburg) e o general de artilharia Guillaume de Lamboy recruta soldados em Julich, apesar dos protesto de Dusseldórfia. Em 1649 foi necessário pagar elevadas somas às tropas estrangeira para que libertassem o território. Os Suecos e os Hessianos obtêm, assim, elevadas "satisfações" (Satisfaktiongelder). Também o duque da Baviera reclama ao ducado de Neuburgo 80.000 florins de indemnização de guerra. Guilherme teve que penhorar a cidade e o distrito de Hemau, próximo de Ratisbona, para encontrar essa soma. Antes da declaração da guerra, os ducados de Julich-Berg contavam com cerca 275 000 habitantes. As estimativas de 1650 não lhes dá mais do que 256.000, dos quais 131.000 para Berg e 125.000 para Julich.

Casamentos e descendência

Busto por cima da entrada da Andreaskirche (Igreja de Santo André) de Dusseldórfia.

Wolfgang Guilherme casa por três vezes:

  • em 1651, com Maria Francisca de Fürstenberg-Heiligenberg, filha de Egon VII de Fürstenberg-Heiligenberg, sem descendência.

Vida familiar

Retrato por van Dyck, cerca de 1629.

A sua vida familiar não foi particularmente feliz. O seu primeiro casamento dá-lhe um filho mas a vida conjugal com Madalena da Baviera é cada vez menos harmoniosa.

A sua segunda esposa, Catarina Carlota do Palatinado-Zweibrücken, com menos 37 anos que ele, psicologicamente instável, sofre também de reumatismo, e é visivelmente depressiva. Desde 1632 (quando ela tem 17 anos) ela diz que deseja morrer. Ela dá-lhe dois filhos que morrem poucos meses depois do nascimento. Ao morrer, é sepultada na tumba principesca da igreja de S. Lamberto, uma vez que quer os jesuítas, quer o Arcebispo-Eleitor de Colónia recusaram que essa calvinista fosse sepultada na nova igreja de Santo André.

Wolfgang Guilherme zanga-se com o filho único, Filipe Guilherme, ao opor-se em 1642 ao casamento deste com Ana, filha do rei da Polónia Sigismundo Vasa. Em 1651, aos 73 anos, ele casa uma terceira vez com Maria Francisca de Fürstenberg-Heiligenberg, com 18 anos de idade. Deste casamento não houve descendência.

As dificuldades agravaram-se talvez devido aos acessos de cólera e instabilidade de caráter de Wolfgang Guilherme. O representante do Brandemburgo, Georg Ehrentreich von Burgsdorff, fala também da tendência para o vinho e do seu copo de 2 litros (2 Maß). Restam-lhe os prazeres da caça. Aos 14 anos de idade ele tinha já um diário onde anota as lebres, os estorninhos ou as raposas que caça. A caça ocupa~lhe mais de metade do tempo na juventude.

Mais tarde dedica-se à criação de cães de caça, mesmo dos de grande porte. Faz-se pintar por Van Dyck acompanhado dum cão (ver quadro, à esquerda).

Cerimónias fúnebres

Os funerais de Wolfgang Guilherme tiveram lugar em maio de 1653. Conforme o seu testamento de 1642, ele é sepultado na cripta instalada atrás do altar-mor de Santo André, em Dusseldorfia. Em 1717 o seu sarcófago é deslocado para o Mausoléu construído atrás do coro de Santo André no início do século XVIII.

O seu coração é depositado, de acordo com a tradição, na igreja palatina de Neuburgo.

Ascendência

Ancestrais de Wolfgang Guilherme do Palatinado-Neuburgo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16. Alexandre do Palatinado-Zweibrücken
 
 
 
 
 
 
 
8. Luís II do Palatinado-Zweibrücken
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. Margarida de Hohenlohe-Neuenstein
 
 
 
 
 
 
 
4. Wolfgang do Palatinado-Zweibrücken
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18. Guilherme I de Hesse-Cassel
 
 
 
 
 
 
 
9. Isabel de Hesse
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19. Ana de Brunswick-Wolfenbüttel
 
 
 
 
 
 
 
2. Filipe Luís do Palatinado-Neuburgo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20. Guilherme II de Hesse
 
 
 
 
 
 
 
10. Filipe I de Hesse
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21. Ana de Mecklenburgo-Schwerin
 
 
 
 
 
 
 
5. Ana de Hesse
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22. Jorge da Saxónia
 
 
 
 
 
 
 
11. Cristina da Saxónia
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23. Barbara Jagelão
 
 
 
 
 
 
 
1. Wolfgang Guilherme de Wittelsbach
Duque Palatino de Neuburgo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24. João II de Cleves
 
 
 
 
 
 
 
12. João III de Cleves
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25. Matilde de Hesse
 
 
 
 
 
 
 
6. Guilherme de Jülich-Cleves-Berg
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. Guilherme IV de Jülich-Berg
 
 
 
 
 
 
 
13. Maria de Juliers-Berg
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. Sibila de Brandenburgo
 
 
 
 
 
 
 
3. Ana de Cleves
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28. Filipe I de Castela
 
 
 
 
 
 
 
14. Fernando I, Sacro Imperador Romano-Germânico
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29. Joana I de Castela
 
 
 
 
 
 
 
7. Maria de Habsburgo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30. Ladislau IV da Boêmia
 
 
 
 
 
 
 
15. Ana Jagelão
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31. Ana de Foix
 
 
 
 
 
 

Referências

  1. quando proferiu a célebre frase "Paris vale bem uma missa" (em francês: Paris veut bien une messe)
  2. palavra latina que consiste no uso simultâneo dum edifício por duas ou mais comunidades religiosas

Fontes/Bibliografia

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é « Wolfgang Guillaume de Wittelsbach».
  • Kaps, Wolfgang - Wolfgang Wilhelm von Pfalz-Neuburg, 2009
  • Breitenbach - Wolfgang Wilhelm, in Allgemeine Biographie 44 (1898) pag. 87-117.

Ligações externas


Wolfgang Guilherme do Palatinado-Neuburgo
Casa de Wittelsbach
( Ramo Palatino – linhagem de Neuburgo )
Nascimento: 4 de novembro 1578 Morte: 20 de marçosetembro 1653
Precedido por
Filipe Luís

Duque do Palatinado-Neuburgo

1614 - 1653
Sucedido por
Filipe Guilherme
Precedido por
João Guilherme

Duque de Jülich-Berg

1614 - 1653
Sucedido por
Filipe Guilherme