Moura Carvalho

Moura Carvalho

Moura Carvalho
Governador do Pará
Período 1947-1951
1959-1961
Antecessor(a) José Faustino
Magalhães Barata
Sucessor(a) Waldir Bouhid
Aurélio do Carmo
Vice-governador do Pará
Período 1959
Antecessor(a) [nota 1]
Sucessor(a) Newton Miranda
Deputado federal pelo Pará
Período 1933-1935
1946-1947
Deputado estadual pelo Pará
Período 1955-1959
Prefeito de Belém
Período 1961-1964
Antecessor(a) Lopo de Castro
Sucessor(a) Isaac Soares
Dados pessoais
Nascimento 25 de julho de 1906
Belém, PA
Morte 13 de setembro de 1988 (82 anos)
Belém, PA
Alma mater Escola Militar do Realengo
Cônjuge Júlia Carvalho
Partido PSD (1945-1964)
Profissão militar, pecuarista, empresário

Luís Geolás de Moura Carvalho (Belém, 25 de julho de 1906 – Belém, 13 de setembro de 1988) foi um militar, pecuarista, empresário e politico brasileiro que foi governador do Pará por duas vezes.[1]

Dados biográficos

Filho de João Batista de Moura Carvalho e Alice Geolás de Moura Carvalho. Formado na Escola Militar do Realengo, concluiu o Curso Especial das Armas de Infantaria a tempo de participar da Revolução de 1930 ao lado de Magalhães Barata e Juarez Távora. Mesmo vinculado ao Exército, comandou a Polícia Militar do Pará e foi assistente militar do interventor Magalhães Barata. Mais tarde combateu a Revolução Constitucionalista de 1932. Eleito deputado federal no ano seguinte, ajudou a elaborar a Constituição de 1934 e foi depois reintegrado à vida militar servindo em Manaus, Belém e Oiapoque, onde adoeceu e foi levado ao sul do país servindo na cidade de Lapa e ao voltar à capital paraense assumiu o Departamento de Segurança Pública.[2]

Eleito suplente de deputado federal via PSD em 1945, foi efetivado pela eleição simultânea de Magalhães Barata para uma vaga de senador e outra de deputado federal,[nota 2] atitude que o fez partícipe na elaboração da Constituição de 1946. Eleito governador do Pará em 1947, esteve à frente do Palácio Lauro Sodré até renúnciar para candidatar-se a senador em 1950, sendo vencido por Prisco dos Santos. O seu retorno à vida pública aconteceu ao eleger-se deputado estadual em 1954 e 1958.[3][4][nota 3]

Em 29 de maio de 1959, o governador Magalhães Barata faleceu vítima de leucemia e, antevendo as consequências desse fato, a Assembleia Legislativa do Pará elegeu Moura Carvalho para o cargo de vice-governador a fim de resolver a questão sucessória e assim este último retornou ao governo estadual.[5][6][nota 1] Eleito prefeito de Belém em 1961, foi cassado pelo Regime Militar de 1964 e passou à reserva como coronel.[2]

Na condição de empresário fundou O Liberal e também a Rádio Liberal e dedicou-se ainda à pecuária.

Notas

  1. a b O cargo de vice-governador do Pará foi instituído em 1959.
  2. Até que os militares assumissem o poder em 1964, a legislação não proibia que um mesmo candidato disputasse mais de um cargo por eleição.
  3. Quando Moura Carvalho tomou posse como vice-governador, abriu-se uma vaga na Assembleia Legislativa do Pará e esta coube a Ruy de Figueiredo Mendonça.

Referências

  1. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Moura Carvalho». Consultado em 30 de junho de 2016 
  2. a b «O Pará nas ondas do rádio (UFPA): governos constitucionais (Moura Carvalho)». Consultado em 1 de julho de 2016. Arquivado do original em 16 de fevereiro de 2009 
  3. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 30 de junho de 2016 
  4. BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Pará. «Resultado das eleições gerais no Pará – 1945 a 2006». Consultado em 24 de outubro de 2021 
  5. Redação (28 de maio de 1959). «Magalhães Barata agonizante; já eleito o vice-governador. Geral, p. 05». acervo.estadao.com.br. O Estado de S. Paulo. Consultado em 24 de outubro de 2021 
  6. Redação (30 de maio de 1959). «Morreu ontem o Governador Magalhães Barata, do Paráː sepultamento segunda-feira. Primeiro Caderno, p. 05». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 30 de junho de 2016 
  • v
  • d
  • e
Governadores do Pará Pará (1889–2024)
Bandeira do Pará
  • v
  • d
  • e
Prefeitos de Belém (1828 — 2024)

Ambrósio Henrique da Silva Pombo Manoel Sebastião de Mello Marinho Falcão • Antonio Manoel de Souza Trovão • João Antônio Correia Bulhão • Francisco Marques d'Elvas Portugal • Marcelino José Cardoso • Paulo Maria Perdigão • José da Gama Malcher Camilo José do Vale Guimarães • João Lourenço Paes de Souza • José da Gama Malcher João Diogo Clemente Malcher • Manuel de Melo Cardoso Barata Artur Índio do Brasil e Silva Barão do Marajó Antonio Joaquim da Silva Rosado • Antônio Lemos Henrique Sabino da Luz • Virgílio Martins Lopes Mendonça • Dionísio Bentes Antônio Martins Pinheiro • Antônio José Ó de Almeida • Cipriano José dos Santos • Sabino Silva • José Olímpio Barroso Rebêllo • Manoel Waldomiro Rodrigues dos Santos • Antônio Crespo de Castro • José Maria Camisão • Antonio Faciola José Carneiro da Gama Malcher Leandro Pinheiro • Abelardo Condurú • José Carneiro da Gama Malcher Ildefonso Almeida • Ismael de Castro • Venerando de Freitas Borges Abelardo Condurú • Jerônimo Cavalcante • Emauel Ó de Almeida Morais • Alberto Engelhard Augusto Serra • Euclides Cumaru • Manoel Figueiredo • Teivelindo Guapindaia • Estórgio Meira Lima • Waldir Bouhid Rodolfo da Silva Santos Chermont • Lopo Alvarez de Castro Celso Cunha da Gama Malcher • Lopo Alvarez de Castro Luís Geolás de Moura Carvalho Isaac Soares • Alacid da Silva Nunes Osvaldo Sampaio Melo • Stélio de Mendonça Maroja Mauro Fernando Pilar Porto • Nélio Dacier Lobato Octávio Bandeira Cascaes • Ajáx Carvalho de Oliveira • Luiz Felipe Machado de Sant' Ana • Loriwal Rei de Magalhães • Sahid Xerfan Almir Gabriel Fernando Coutinho Jorge Sahid Xerfan Augusto Rezende • Hélio Gueiros Edmilson Rodrigues Duciomar Costa Zenaldo Coutinho Edmilson Rodrigues

Brasão de Belém Bandeira de Belém