Caetano Manuel de Faria e Albuquerque

Constituição brasileira de 1891, página da assinatura de Caetano Manuel de Faria e Albuquerque (décima sétima assinatura). Acervo Arquivo Nacional

Caetano Manuel de Faria e Albuquerque (Cuiabá, 11 de janeiro de 1857 — Cuiabá, 10 de fevereiro de 1925) foi um engenheiro militar, político e jornalista brasileiro.[1][2]

Filho do tenente-coronel Caetano Manuel de Faria e Albuquerque, comandante das armas da então província de Mato Grosso, natural de Pernambuco, e Francelina da Silva Pereira, natural de Cuiabá.[1]

O escritor

  • Resumo chorográfico do Estado de Mato Grosso, Rio de Janeiro, 1894;[3]
  • Dicionário Tecnico Militar de Terra, Lisboa, 1911.[3]

O militar e engenheiro

Assentou praça como voluntário em 1871. Após seus estudos na Academia Militar do Rio de Janeiro, a 9 de setembro de 1882 retornou à sua terra natal, para investir-se nas funções de ajudante de ordens do Comando das Armas, como capitão de Engenheiros. Foi promovido a major Graduado em 21 de março de 1890. Reformado como general de Brigada em 1913. No regime imperial, desempenhou cargos importantes nas obras militares do Pará (1882), Mato Grosso (1883), Piauí e Paraíba (1886) e, participou da organização da carta das fronteiras (1888). No regime atual destacam-se os serviços na Comissão Telegráfica de Leste (1890), no Laboratório Pirotécnico (1891), e sobretudo na estrada de ferro Paraná − Mato Grosso. E ainda realizou:[1][4]

  • Estudos e reconhecimentos da zona que medeia entre Guarapuava e o rio Paraná, para construção de uma estrada de ferro segundo o traçado de Rebouças
  • Estudos para construção de uma linha telegráfica de Corumbá ao Forte de Coimbra
  • Estudos relativos à defesa das costas do Brasil

O político

  • Em 1884, lançou a sua candidatura de deputado Federal por Mato Grosso pelo Partido Liberal, porém não foi eleito.
  • Eleito deputado federal por Mato Grosso em dois períodos, da Constituinte de 1891 e o do quatriênio Hermes da Fonseca (1910 - 1914).[5][2]
  • Foi presidente do Estado de Mato Grosso. Eleito em março de 1915, assumiu a 15 de agosto e governou até 9 de fevereiro de 1917, quando foi afastado pelo presidente Venceslau Brás.[5][2]

O Afastamento do Governo de Mato Grosso

Eleito pelo Partido Republicano Conservador, o novo governador desagradou seus correligionários quando não exonerou os servidores públicos nomeados pela oposição, e mesmo com maioria dos deputados estaduais acabou desamparado, e isso o levou a pedir afastamento do governo, porém, voltou atrás ao receber apoio do principal líder da oposição, o ex-governador Pedro Celestino Corrêa da Costa, do Partido Republicano Mato-Grossense.

A agitação política em Cuiabá despertaria reações armadas na região sul do Estado, no que se chamou de “Caetanada”. Ocorre que os chefes políticos sulistas também desejavam explorar a erva-mate, e o arrendamento dos ervais pertencia exclusivamente a Companhia Matte Larangeira, com forte influência na Assembleia Legislativa. Os embates bélicos em torno da “Questão do Mate” acabariam por levar ao afastamento do governador pelo governo federal.[6]

Referências

  1. a b c «Caetano Manuel de Faria e Albuquerque» (PDF). Consultado em 26 de abril de 2024 
  2. a b c «AML» (PDF). Consultado em 26 de abril de 2024 
  3. a b «HISTÓRIA DA LITERATURA MATO-GROSSENSE» (PDF). Consultado em 26 de abril de 2024 
  4. admin (14 de abril de 2020). «ALBUQUERQUE (Caetano Manuel de Faria e)». PORTAL MATO GROSSO. Consultado em 26 de abril de 2024 
  5. a b MT, Renê DiózDo G1 (1 de janeiro de 2015). «Pedro Taques toma posse como o 52° governador do estado de Mato Grosso». Mato Grosso. Consultado em 26 de abril de 2024 
  6. Paulo Coelho Machado - A revolução de 1916

Referências bibliográficas

  • José de Mesquita - Elogio Fúnebre ao General Doutor Caetano Manoel de Faria e Albuquerque - 1925

Precedido por
Joaquim Augusto da Costa Marques
Presidente de Mato Grosso
1915 — 1917
Sucedido por
Camilo Soares de Moura
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  • d
  • e

Antônio Maria Coelho Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro José da Silva Rondon João Nepomuceno de Medeiros Mallet Manuel José Murtinho Triunvirato mato-grossense de 1892 Luís Benedito Pereira Leite Junta governativa mato-grossense de 1892 Luís Benedito Pereira Leite José Marques Fontes • André Virgílio Pereira de Albuquerque • José Marques Fontes • Generoso Pais Leme de Sousa Ponce Manuel José Murtinho Antônio Correia da Costa • Antônio Cesário de Figueiredo • Antônio Correia da Costa • João Pedro Xavier Câmara • Antônio Leite de Figueiredo • Antônio Pedro Alves de Barros • Antônio Pais de Barros • Pedro Leite Osório Generoso Pais Leme de Sousa Ponce Pedro Celestino Corrêa da Costa Joaquim Augusto da Costa Marques Caetano Manuel de Faria e Albuquerque • Camilo Soares de Moura Cipriano da Costa Ferreira Francisco de Aquino Correia Pedro Celestino Corrêa da Costa Estêvão Alves Correia Mário Correia da Costa Aníbal Benício de Toledo Sebastião Rabelo Leite • Antônio Mena Gonçalves • Artur Antunes Macial • Leônidas Antero de Matos César de Mesquita Serva Fenelon Müller Newton Deschamps Cavalcanti Mário Correia da Costa Manuel Ari da Silva Pires Júlio Strübing Müller Olegário Moreira de Barros • José Marcelo Moreira • Arnaldo Estêvão de Figueiredo Jari Gomes Fernando Correia da Costa João Ponce de Arruda Fernando Correia da Costa Pedro Pedrossian José Fragelli José Garcia Neto Cássio Leite de Barros Frederico Campos Júlio Campos Wilmar Peres de Faria Carlos Bezerra Edison Freitas de Oliveira Jayme Campos Dante de Oliveira Rogério Salles Blairo Maggi Silval Barbosa Pedro Taques Mauro Mendes

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